Cerrar o punho pode ajudar memória

Cerrar o punho pode ajudar a memória, revelou um novo estudo realizado por cientistas americanos. Segundo os responsáveis pela pesquisa, cerrar o punho direito por 90 segundos contribui para a formação da memória, enquanto que o mesmo movimento do lado esquerdo auxilia a recuperação dela. Para comprovar a tese, os pesquisadores analisaram 50 estudantes. Eles descobriram que os pacientes se lembravam mais facilmente das palavras de uma longa lista quando cerravam os punhos.
 
Os cientistas acreditam que o movimento ativa regiões específicas do cérebro que estão associadas ao processamento da memória. Segundo a cientista Ruth Propper, da Montclair State University, nos Estados Unidos, que liderou a equipe responsável pela descoberta, o resultado sugere que movimentos simples do corpo podem ajudar a memória ao mudar o modo como as funcionalidades do cérebro são executadas temporariamente.
 
"Cerrar a mão direita imediatamente antes de aprender uma nova informação e fazer o mesmo com o punho esquerdo imediatamente antes de tentar lembrar-se de algo podem ser benéficos para a memória", afirmou Propper à BBC News. Pesquisas anteriores revelaram que cerrar a mão direita ativa o hemisfério esquerdo do cérebro, enquanto fazer o mesmo movimento com o punho esquerdo ativa o hemisfério contrário, o direito. Os movimentos estão associados às emoções – por exemplo, cerrar o punho direito em momentos de felicidade ou raiva, e o esquerdo com tristeza ou ansiedade. De acordo com estudiosos, o processamento da memória usa os dois lados do cérebro – o esquerdo seria responsável pela gravação das memórias e o direito, por recuperá-las.
 
Pesquisas futuras vão tentar descobrir se cerrar os punhos também pode melhorar outros processos mentais, por exemplo, habilidades verbais ou espaciais, e a memória de imagens ou lugares, assim como palavras. No entanto, mais estudos são necessários para que essas evidências possam ser comprovadas. Para o professor Neil Burgess, do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade College London, na Inglaterra, uma pesquisa mais ampla deveria ser feita para avaliar o real impacto de um determinado efeito sobre a memória. Segundo ele, seria preciso, por exemplo, escanear o cérebro dos pacientes para revelar a direção exata do fluxo de sangue no local, ou seja, se a corrente sanguínea segue para o hemisfério direito ou esquerdo.
 
Fonte: BBC

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